quarta-feira, 20 de agosto de 2014

AS TARTARUGAS NINJA (2014) - Crítica



Ah, década de 1990!

Tempos que não voltam mais!

Épocas em que víamos um Batman com mamilos em sua armadura; Víamos um Capitão América com uma roupa tão colada em seu corpo, que mais parecia tatuagem; Víamos um Quarteto Fantástico que de tão ruim, nem mesmo chegou ao cinema. E víamos também, Tartarugas Ninja interpretadas por atores fantasiados, com cabeças robóticas.

Nos tempos de hoje, as características descritas acima soam como obsoletas e em alguns casos (Batman com "tetinhas", por exemplo) até mesmo ridículas. Como explicar então que um filme, de baixo orçamento e baixa expectativa possa ter funcionado tão melhor que o seu reboot de 2014, com muito mais recursos e muito, MUITO mais dinheiro envolvido?

Dizendo apenas que Michael Bay está envolvido na produção (é o produtor) já poderia responder a esta pergunta. Mas na verdade, os reais motivos pelos quais As Tartarugas Ninja desapontam tanto em sua nova empreitada cinematográfica, vai muito além disso.

Para começar, a história que se desenrola a partir da sinopse a seguir, já esdrúxula (que fracassa também por alterar parte da origem dos heróis) : April O'Neil (Megan Fox) é uma repórter que quer mais de sua própria carreira (juro que evitei o máximo para não abrir comparativos mentais com Bruce Nolan de Todo Poderoso, mas não consegui). Por isso, sempre insiste em correr atrás de histórias polêmicas que ninguém quer levar a sério. Em uma dessas aventuras, ela encontra as Tartarugas Ninja, um grupo de répteis mutantes lideradas por Splinter (Danny Woodburn) um rato igualmente alterado geneticamente. O objetivo de Leonardo (Johnny Knoxville), Dontaello (Jeremy Howard) , Raphael (Alan Ritchson) e Michelangello (Noel Fisher) - as tartarugas - é impedir os constantes ataques do Clã do Pé, comandadas pelo Destruidor.

O primeiro ato do filme até revela-se interessante. O mistério sobre a aparência das Tartarugas criado por Jonathan Liebesman (diretor) de fato atinge o objetivo de aguçar o interesse pela estética daqueles personagens (ainda que já os tenhamos visto nos trailers divulgados). A sequencia de cenas onde os Ninjas agem pela primeira vez e a sequência do metrô, ainda que conduzidas com extremo amadorismo por parte de seu diretor, criam um suspense eficaz.

Entretanto, a partir daí o filme vai, gradativamente, desinteressando seu espectador. É escancaradamente notória a influência de Michael Bay - responsável pela "saga" (risos infinitos!) Transformers. Funcionando quase que como uma assinatura do cineasta, este As Tartarugas Ninja sofre com os mesmos problemas dos filmes dos robôs gigantes: Cenas de ação frenéticas, com jogos de câmeras movendo-se em ritmo alucinador, explosões, péssimas edição e fotografia, diálogos pedestres, explosões, superestimação de Megan Fox, explosões e para completar um enredo raso, fraco, e sem originalidade nenhuma, contando com uma revelação das motivações no vilão do filme mais do que patéticas. Ah sim... e explosões também.

Falhando também em ignorar o elemento mais atrativo daqueles filmes da década de 1990, as cenas da luta são incompreensíveis. Ainda não acredito que quase não vi as Tartarugas Ninja lutarem, sendo que fui ao cinema para isso. Isto, porque Liebsesman, obviamente orientado por Bay, prefere quase deixar o espectador com tontura, do que conferir o aspecto mais artesanal e muitíssimo mais eficiente do que as projeções antigas.

Entretanto, alguns elementos são dignos dos fãs dos heróis, que acompanham sua trajetória desde a série animada de 1987. Aqui e ali, os realizadores desta projeção jogam referências aos filmes originais e em até certo ponto respeitam a essência de cada personagem: Splinter é o mestre. Leonardo é o líder. Raphael é o revoltado. Donatello é o nerd. Michelangello é o palhaço. Personalidades que de tão simples, acabam também descaracterizando os personagens neste longa. As vestimentas e acessórios incorporados no estilo de cada um nada tem a ver com sua origem e NÃO! Releitura de personagens clássicos, NÃO permitem desrespeito à sua mitologia. Caso contrário, seria aceitável vermos um Homem Aranha que dispara teias pelos pés, ou então um James Bond que voa.

Para completar, a atuação de Megan Fox é terrível! Sou capaz, sem medo de exageros, de afirmar que esta é uma das piores atuações que já vi na vida. Whoopi Goldberg, em seu desespero em não cair no esquecimento do público, nada acrescenta. William Fitchner, em toda a sua maldade e vilania, não tem a capacidade de se tornar ameaçador em nenhum momento e tudo é prejudicado, como já dito acima, pelas ridículas motivações que seu personagem possui.

Existe uma lógica ilógica por trás do cinema: Um filme de uma década já antiga pode ser ridículo e obsoleto. Ele ganha esses rótulos se no presente, é feito um reboot com qualidade infinitamente superior aos seus originais. Mas um filme pode também, se tornar mais clássico a cada tentativa fracassada de novas projeções sobre aquele tema. No caso das Tartarugas Ninja, os filmes da década retrasada são clássicos pelo simples fato de serem MUITO melhores do que o atual - e o ridículo, de 2007. O que é uma pena, pois seria possível fazer algo mais interessante com o material que se tem nas mãos. Infelizmente, até agora mãos sem muito talento tiveram acesso à esse material. As melhores de todas até agora, foram as que respeitaram o seu público.

PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO - Crítica



Inegavelmente, a franquia Planeta dos Macacos já passou por maus bocados em sua história. Desde o lançamento do seu primeiro longa, em 1968, que foi aclamado pela crítica e é considerado até hoje um dos clássicos de Hollywood, mais seis filmes receberam o título: Três deles, continuações do original, na década de 1970, um de 2001 (verdadeiramente sofrível) e dois que constituem o reboot iniciado em 2011. O fato é que a franquia ficou mais de 40 anos esperando que alguém lhe desse uma nova chance digna no cinema. Como já dito acima, em 2011 esta chance foi dada. Planeta dos Macacos : A Origem é um filme a ser admirado sob muitos aspectos. O primeiro deles é o sistema de captura de movimentos utilizado, que já na ocasião, se mostrava eficaz e orgânico o suficiente para satisfazer o espectador. Além disso, enredo, direção, elenco, edição e montagem (e particularmente, acrescento trilha sonora à esta lista) fizeram deste um dos melhores filmes daquele ano, quebrando desconfianças e até mesmo certezas de que a franquia seria incapaz de se reinventar de maneira positiva.

Em 2014, esta história continua. Planeta dos Macacos: O Confronto segue a "tradição" de seu antecessor e se estabelece como um dos melhores filmes do ano de seu lançamento.

O filme parte do princípio deixado ao fim do primeiro capítulo: A "Gripe Símia", resultado dos experimentos com a droga ALZ-112, dizima grande maioria da raça humana, deixando vivos apenas os indivíduos geneticamente imunes ao vírus. Em paralelo à isso, a sociedade iniciada e liderada por César (Andy Serkis) cresce e prospera cada vez mais. Agora, o grupo de macacos é uma sociedade organizada, onde cada elemento possui uma função bem definida. Humanos e Macacos entram em conflito quando os primeiros descobrem que podem restabelecer a energia elétrica restaurando uma represa que encontra-se dentro do território dos Símios.

A premissa do filme, descrita acima, de imediato revela-se genial por ser interessante, e mostra-se reflexiva à nossa realidade ao longo da projeção: Como não entrar em guerra com um grupo de indivíduos, se estes possuem algo que é fundamental para que o grupo ao qual eu pertenço sobreviva?

E é a partir das diferentes respostas para esta pergunta que este O Confronto ganha mais brilho à cada cena. Em ambas as sociedades existem líderes, indivíduos pacificadores e indivíduos radicalmente revolucionários. E é justamente a personalidade de cada um destes elementos que tornam a convivência entre Humanos e Símios intrigante. Um dos grandes acertos de Matt Reeves (diretor) é não caricaturizar os personagens, não tornando-os seres unilaterais e previsíveis. Pelo contrário, é o conflito interno de cada um que nos faz ansiar por saber como a história se desenrolará: Qual caminho deve-se escolher? O da pacificidade vulnerabilizadora, ou a da agressividade fundamentada pelo medo do outro?

Interessante notar também, a perspectiva escolhida pelo diretor para retratar as duas sociedades: Ao mostrar o lar dos Símios, Reeves sempre opta por utilizar imagens panorâmicas, nos induzindo a conferir a grandiosidade e o crescimento admirável da população liderada por César. Ao mostrar o albergue onde os Humanos se localizam, ângulos fechados e apertados são a decisão mais do que perfeita, para que se mostre que a raça humana está aos poucos, se definhando, novamente lançando uma reflexão aos espectadores: Quão longe estamos de situações como estas, onde precisaremos lutar dia após dia pela nossa sobrevivência, sem recursos dos quais hoje somos escravos?

O aspecto técnico do filme é também impecável do ponto de vista artístico, uma vez que o CGI empregado é tão perfeito que chega a ser imperceptível a artificialidade virtual dos personagens concebidos segundo esta tecnologia. As rugosidades das faces dos Símios, a tremulação de suas pupilas e o sutil moviementos de suas narinas e bocas, são detalhes que, mais uma vez, fazem toda a diferença.

O elenco mostra-se eficaz, mas menos interessante que o antecessor: Gary Oldman e Jason Clarke, poderiam ter conferido mais veracidade aos seus personagens, pois a história particular de Dreyfus e Malcom, respectivamente, dariam abertura a interpretações mais contundentes. Andy Serkis é o mesmo gênio, como de costume. Destaque também ao elenco que interpreta os outros macacos da sociedade símia, que injustamente são pouco creditados, pois aqui realizam um trabalho tão perfeito quanto o de Serkis.

Outra característica marcante do filme (que gerou indevidas contradições em seu antecessor) é a capacidade dos macacos falarem. Aqui, funciona como uma ferramenta dramática encaixada perfeitamente no enredo da projeção. O fato de César e seus liderados ainda possuírem dificuldade em pronunciar palavras perfeitamente, torna a atmosfera de transição entre seres irracionais e racionais mais plausível e, particularmente mais intimidadora. Impossível deixar de sentir a mesma admiração e medo também, de certo personagem que ao conferir a habilidade dos primatas, sente-se ameaçado e adota uma postura agressiva ao menor contato com os mesmos.

Planeta dos Macacos: O Confronto é a confirmação de que a franquia efetivamente voltou e com mais algumas sequencias sob os mesmos cuidados de seus dois capítulos iniciais, pode ficar na história do cinema. Basta saber, se o estilo e a qualidade adotadas até aqui, serão preservadas futuramente. Mas uma coisa é mais do que certa: César e sua comunidade podem ainda render grandes obras e ao que parece, vai salvar a reputação do livro francês, de 1963,  La planète des Singes , de Pierre Boulle, cuja criação, depois de quatro décadas, finalmente, ganhou uma releitura complexa, sombria e simplesmente fascinante.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O HOMEM DE AÇO - Crítica


Trinta e cinco anos. Sete filmes. Quatro atores. Em números, este é o resumo da história de Superman no cinema. Acerca dos filmes do personagem, existem as mais variadas opiniões. Fanáticos pelo estilo artesanal das projeções antigas, ou conquistados pela tecnologia abundante empregada nas obras mais recentes. Prometido como a ressurreição triunfal do herói no cinema, O Homem de Aço foi anunciado com grandes perspectivas. Os nomes contratados pela Warner para ficarem à frente do projeto eram realmente promissores. O diretor Zack Snyder, em ascensão desde, talvez o trabalho mais notório de sua carreira (300) e o produtor Christopher Nolan, diretor da recém-concluída franquia "Batman". Para o elenco, simplesmente referências absolutas, numa lista encabeçada por Russel Crowe (Jor-El), Diane Lane (Martha Kent), Kevin Costner (Jonathan Kent) , Amy Adams (Lois Lane) , Lawrence Fishburne (Perry White) etc. Para o roteiro, o encarregado foi David S. Goyer (roteirista da mesma franquia "Batman" dirigida por Nolan). Enfim, um alto orçamento (US$ 175 milhões), para um projeto em torno de um personagem grandioso.

O primeiro ato é o elemento que diferencia o filme de todos os seus antecessores, já que pouco mais de meia hora é gasta para contar como o fim de Krypton se deu, e como Jor-El e Lara (Aylelet Zurer) fizeram para salvar o pequeno Kal-El da iminente destruição do planeta. Esta é uma decisão acertada por Snyder, que nos apresenta desde cedo o antagonista, General Zod (Michael Shannon). Sim! Finalmente, neste O Homem de Aço, conseguimos entender as motivações do vilão, e estas são, por sua vez, convincentes o suficiente. Fato que não acontece em, por exemplo O Espetacular Homem-Aranha ou Homem de Ferro 3. Aqui, desde o início, sabemos que Zod será o problema de Superman durante o resto da projeção, no que se mostra uma solução muito mais simples e eficiente para apresentar o inimigo do protagonista, do que a vista em Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge . 

Apesar de apresentar um início interessante, a partir do segundo ato, Zack Snyder e sua equipe se perdem completamente. Talvez, no intuito de não causar sensação de desgaste no público de recontar a velha história desde como os pais adotivos de Clark (Henry Cavill) o encontram até que este se torne o Superman, o diretor insere com tremendo descaso flashbacks desconexos e confusos ao longo do filme, tornando a narrativa interrupta e complicada. Expor novamente a mesmíssima história que o público viu em Superman (1978) , Superman - O Retorno (2006) e até mesmo na série Smallville, de modo agradável realmente não era uma tarefa fácil, por se tratar de um reboot. Mas a decisão de reimaginar a história do super-herói implicaria inevitavelmente na necessidade de mostrar tudo desde o começo. Talvez, nem o diretor e nem a produção do filme imaginariam que uma história repetida poderia prejudicar tanto a sua obra.

Mas mesmo que o fator descrito não estivesse presente, o filme talvez ainda não funcionasse bem. Isto, porque em nenhum momento, O Homem de Aço consegue prender a atenção, variando entre extremos: Ou temos momentos extremamente monótonos (principalmente as cenas que contam com o terrível trabalho de Amy Adams, como Lois Lane), ou então sequências de ação pura e exageradamente digitais. Mais uma vez, Hollywood se mostra incompreensível aos recursos em CGI (computação gráfica) : A técnica é uma ferramenta e não o alicerce de uma produção live-action. Assim sendo, a projeção jamais consegue alcançar um equilíbrio, aumentando ainda mais o desgaste do espectador.

Em relação às atuações, Russel Crowe e Kevin Costner são os únicos que merecem destaque positivo. Crowe encarna Jor-El com a superioridade devida. Costner já é o oposto: Serenidade e doçura, são as características-chave do personagem. Henry Cavill, como Superman, é mais uma tentativa falha de interpretação do herói, ficando abaixo inclusive de Brandon Routh em Superman - O Retorno. Cavill possui "tiques" que precisam ser eliminados rapidamente de seu repertório de atuação (reparem por exemplo, como soa falso o hábito de o ator o tempo todo cruzar os braços, enquanto veste o uniforme do herói, talvez querendo demonstrar algum tipo de imponência). Michael Shannon, como o General Zod, em vez de passar o tom cruel que tenta, passa características de um lunático, com os olhos arregalados o tempo todo, quase beirando a "canastrice". Diane Lane, Lawrence Fishburne e Ayelet Zurer representam personagens neutros: Não prejudicam e não acrescentam nada.

A história em si, como já dito, inicialmente se mostra interessante. Mas os erros de direção e atuação, comprometem totalmente, o que poderia ser um enredo atrativo. A sensação é de um completo desperdício. Talvez, sob cuidados mais talentosos, ainda seria possível resgatar alguma qualidade que a própria "mitologia" do herói oferece. Do contrário, vemos personagens e ambientes tão "reimaginados" (como gostam de chamar) que acabam perdendo sua identidade.

A realidade que os fãs de filmes de super-herói devem encarar, é que o estilo passa por uma péssima fase. Nos últimos anos, apenas um filme do gênero conseguiu recompensar a espera do público com um trabalho descente: Os Vingadores. Quanto ao resto, são filmes burocráticos e sem imaginação. Infelizmente, O Homem de Aço não consegue ser o divisor de águas, se tornando apenas mais um filme comercial, dentre tantos. Estabelecer comparativos entre os filmes do Superman atuais e antigos, é no mínimo perda de tempo. Mesmo com tão poucos recursos, a franquia iniciada no final da década de 1970 e estrelada por Christopher Reeve era muito mais compromissada com o entretenimento de seu público do que o puro desejo de impressionar seus olhos. E num confronto, o primeiro aspecto pesa muito mais.


UNIVERSIDADE MONSTROS - Crítica

Sem um grande filme desde Toy Story 3, em 2010, a Disney/Pixar já vinha sendo desacreditada por alguns fãs e até mesmo por vários críticos. A famosa empresa, autora de verdadeiras obras-primas, como Toy Story, Vida de Inseto, Procurando Nemo, Os Incríveis e tantas outras, permitiu que seu padrão de qualidade fosse reduzido tanto ao ponto de criar-se a necessidade de recorrer à outro grande sucesso, que leva sua assinatura: Monstros S.A. Assim, o anúncio do lançamento de Universidade Monstros, ainda no ano passado causou grande alvoroço, mas também certa dúvida: A Disney/Pixar ainda consegue produzir grandes filmes originais, ou suas grandes obras só serão fruto de continuações ou prequels que fazem referências projeções do passado?

Muito em função do seu antecessor, é verdade, quem vai assistir à Universidade Monstros, já está pré-condicionado a gostar do filme, não só pela exímia qualidade daquela obra, mas também por remontar saudosas épocas de infância de grande parte do público. Mas este longa parece ter a capacidade tanto de manter seus antigos fãs, como também de angariar novos. Sim, o que (eu, particularmente, confesso) se temia, não aconteceu: Universidade Monstros não deixa à desejar em nenhum momento, em relação à Monstros S.A.

O filme, como é de hábito da Pixar (em momentos inspirados, é claro) já começa de maneira muito interessante. Num estilo muito parecido com o de Up - Altas Aventuras, o diretor Dan Scanlon, monta uma introdução extremamente simpática, que mergulha os espectadores no profundo interesse de conhecer a história de Mike e Sulley, com uma prévia divertida e uma sequência de mix entre desenhos digitalmente concebidos em 2D e uma trilha sonora igualmente intuitiva. A partir do segundo ato, a grande intenção da produção do filme parece ser a de causar risadas no público. Muito mais comprometido com o divertimento do que a construção de um universo (o que se faz desnecessário, já que esta é uma obra sucessora), Universidade Monstros envolve os velhos e novos personagens em situações engraçadíssimas à todo momento, sem deixar é claro, pontas soltas para que o clímax, de certa maneira dramático, seja amarrado com eficiência no final.

Como eu já disse no início desta crítica, possuo sempre um certo receio quando se trata de continuações, ou principalmente pré-continuações (estilo que dificilmente dá certo) de obras clássicas. Além de Monstros S.A ser uma obra formidável, a composição de seus personagens é fantástica. Mike era um sujeito determinado e até ocasionalmente rude, mas extremamente leal. Sulley personalizava a sensibilidade da dupla. Bem, devo alertar que a personalidade dos protagonistas são ligeiramente alteradas neste Universidade Monstros, mas isto é feito com algum objetivo, diferentemente de Carros 2, onde os protagonistas são completamente distorcidos sem motivo aparente, em relação ao ótimo Carros. Aqui, a produção do filme retrata personagens imaturos, que vão ganhando a conhecida forma que possuem no primeiro filme com o decorrer da projeção, fato que merece aplausos sem dúvida nenhuma. Manter um personagem em sua essência por mais de um filme é tarefa que poucos diretores conseguem realizar, mas transformar uma personalidade em outra de maneira convincente é algo que poucos se aventurariam a tentar.

A história é também bem concebida, se utilizando de todos os elementos presentes em uma universidade norte-americana: Irmandades, times de futebol americano, festas, jaquetas estilizadas, individuos populares, rejeitados, nerds, aproveitadores - dentre outras categorias - etc. Mas o que realmente surpreende no roteiro do filme é a ideia passada nas entrelinhas, inédita na minha concepção. Os filmes do gênero animação, sempre possuem como "moral da historia" ideais de motivação clichês como "siga seus sonhos", ou então "acredite em si mesmo". A ideia passada nesta obra, no entanto, é um pouco diferente e convenhamos, um pouco mais realista: Não podemos ser exatamente qualquer coisa que quisermos ser. Temos aptidões a serem seguidas. Mas devemos sim fazer o melhor que pudermos com as nossas tendências. Este valor é abrilhantado por um drama criado de maneira real e convincente, se assemelhando mais como lição de vida do que com ideais de auto-ajuda, como vemos em tantas outras animações.

O aspecto técnico do filme é, como já era de se esperar, perfeito. Texturas e iluminações incrivelmente realistas, modelos 3D orgânicos, sonoplastia bem inseridas, movimentos das bocas do personagem em perfeita sincronia com a dublagem (ótima dublagem, diga-se de passagem, tanto no original com John Goodman e Billy Cristal de volta aos papéis principais, Sulley e Mike, respectivamente, como Mauro Ramos e Sérgio Stern na mesma condição, na versão brasileira) e outros inúmeros fatores, apenas reafirmam a Disney/Pixar como referência inigualável na indústria cinematográfica 3D.

Os personagens também merecem destaque. Os já conhecidos Mike e Sulley, como protagonistas, são novamente a referência do enredo. Os novos personagens, como os integrantes da irmandade Oozma Kappa, são o charme especial da obra, dando o tom inédito que qualquer filme deve possuir, sem abandonar ou ignorar o contexto do qual estão inseridos. Existem ainda aparições referentes ao longa original que são extremamente bem-vindas, como George (para que se lembrem do personagem, basta recordar da fala "2319! Temos um 2319!") e os integrantes da CDA (inclusive "a número 1").

Tomando ainda o cuidado de fazer várias referências à Monstros S.A de maneira elegante e discreta, e se utilizando da trilha sonora original em alguns momentos, Universidade Monstros é um excelente filme, que parece retomar o velho padrão de qualidade da Disney/Pixar. Como fã incondicional da empresa, torço para que este filme seja o reinício de uma série de bons filmes. De fato, seria incorreto afirmar com certeza, de que a fase ruim que compreendeu os péssimos Carros 2 e Valente, foi definitivamente superada, porque parte da eficiência mostrada neste filme, se deve à reputação estabelecida para este universo, construída no longínquo 2001, quando tivemos a grande honra de contemplar Monstros S.A pela primeira vez. Não, ainda não é uma nova grande fase da Disney/Pixar. Mas já é um ótimo começo.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

TED - Crítica

A grande verdade não compreendida do público quando se vai ao cinema, é a clara convicção do que se pretende ver em uma projeção, seguindo é claro o gênero do qual o filme foi enquadrado. Por exemplo, por que o filme Scooby Doo (2002) foi uma grande decepção cinematográfica? Porque o que se esperava, era ver um filme seguindo pelo menos os comprovadamente funcionais moldes do clássico desenho animado produzido por William Hanna e Joseph Barbera. E quando digo "comprovadamente funcionais", basta olharmos para trás, e ver que o tempo não foi o bastante para tirar o sucesso da série, que foi ao ar pela primeira vez em 1969. Contrariando todas as expectativas, o que vimos naquela triste ocasião, foram os famosos personagens distorcidos, uma história ridícula e para completar, um elenco mal-escolhido.

Deste modo, o que você, espectador, deve se perguntar ao ir assistir este insatisfatório Ted nos cinemas, é: "O que eu quero assistir?"

Bem, se você é fã dos estilos de comédia excessivamente usados em filmes como os da série "American Pie" , ou "Todo Mundo em Pânico" por exemplo , cujo humor só acontece através de apelações recorrentes quase exclusivamente à pornografia, então esta obra dirigida por Seth MacFarlane é um prato cheio.

Repleto de tiradas maliciosas e preconceituosas, o grande trunfo - e aqui, leia-se "trunfo" pra quem aprecia o tipo de comédia descrito acima - de Ted é querer fazer o público rir a qualquer custo. Do contrário, jamais teríamos uma projeção que conta uma história de um urso de brinquedo que ganha vida através de um desejo de criança. Pelo menos, não em um filme que se preocupe em entreter o seu espectador pela grandiosidade, ou ao menos inteligência de seu enredo. Sim, talvez a grande conclusão seja esta: Ted não é, de forma alguma, um filme inteligente, mas sim uma grande palhaçada.

Apenas filmes, cujo conteúdo possua extrema qualidade ou possua um elenco que consiga fazer a produção valer a pena - por exemplo, Os Caça-Fantasmas (1987) - podem se dar ao luxo de brincar tanto com a realidade a ponto de torná-la não só impossível, mas também ridiculamente absurda e ainda assim apresentá-la divertida e consistente. Do contrário, não tem nada de engraçado ver um ursinho de pelúcia fazendo sexo (?????), falando besteiras e - pasmem! - sendo uma celebridade tão famosa, que as pessoas já se acostumaram com a sua presença no cotidiano urbano.

E como se não bastasse a falta de qualidade própria do roteiro (escrito por Alec Sulkin, Wellesley Wild, e pelo também diretor Seth MacFarlane), Ted peca pela total inexperiência de seu diretor (criador da polêmica e bem-sucedida série de TV animada Uma Família da Pesada). É merecido um elogio pela coragem de MacFarlane de elaborar uma história própria, sem se basear em livros, filmes, ou qualquer outra obra já previamente concebida, iniciativa que poucos diretores adotam atualmente. Ainda assim, o filme é conduzido de maneira sofrível e apresenta uma série de deficiências técnicas. Ângulos de tomadas desfavoráveis (em especial a tomada vista de cima que encerra a projeção), um ambiente urbano excessivamente acinzentado, fato que acaba enjoando o espectador, são exemplos das deficiências apresentadas no filme. Até mesmo o CGI empregado na elaboração do protagonista do filme, sofre com a falta de organicidade em várias cenas (destaque para a sequência da briga de Ted com o seu amigo/dono).

E já que estamos falando dos erros de produção e roteiro do filme, gostaria aqui de lançar uma dúvida que não compreendi ainda, em relação à um dos fatos retratados na projeção (só leia esta parte se você já assistiu o filme. Do contrário, pule para o próximo parágrafo. Apesar da grande porcaria que é, não queremos estragar a sua surpresa com o filme) : Se Ted é uma celebridade tão famosa e tão bem aceita pela sociedade, qual é a grande dificuldade do personagem arrumar um emprego? Por que ele acaba arrumando um emprego do qual ele a princípio, não gosta? Alguém com a fama que ele possui, deveria poder conseguir  trabalho onde e quando quisesse, não? Mas quem está ligando para o que é plausível não é mesmo? O filme é um absurdo completo...

Para finalizar um trabalho ruim, o clímax é tão bobo - e tão parecido também - com o que vemos no filme Garfield (2004). E como já era de se supor, MacFarlane ainda tenta dar um toque sentimental para testar a afinidade do público com o seu personagem principal. E é justamente aí que a produção do filme trai a si própria. Porque é neste exato momento que nos damos conta que não criamos laços afetivos nenhum com o personagem: Ted é um sujeito à lá Charlie Harper (da série Two and a Half Men) mas sem a metade do carisma de Charlie Sheen.

Para não deixar o filme sem um mínimo elogio sequer, devo dizer que a atuação de Mark Wahlberg (John Bennet) está em um meio termo entre "regular" e "boa". Milla Kunis (Lori) é a decepção que costuma ser. Os demais atores e personagens passam desapercebidos na trama e simplesmente não merecem destaque. Nem mesmo a saudosa (para os fãs da antiga série Flash Gordon, não para a maioria do público, como eu, por exemplo) presença de Sam J Jones é fator memorável da produção.

Volto a lhes perguntar: O que desejam ver, ao irem assistir Ted no cinema? Se for uma comédia inteligente - o que eu gosto de chamar de boa comédia - aconselho-os a não perderem o seu tempo. Talvez, a ideia que origina o filme seria melhor aproveitada numa série de televisão, onde o diretor possui mais experiência e a exigência por algo bem feito não é nem um pouco alta.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

RESIDENT EVIL, RETRIBUIÇÃO - Crítica

Quando uma franquia de filmes, atinge o seu quinto volume, automaticamente se supõe que os seus antecessores tiveram muito conteúdo e foram extremamente bem-sucedidos em suas respectivas propostas. É inevitável pensar em sagas que tiveram tantos filmes e que realmente seguiam esse conceito, como a série "Harry Potter" , "Rocky" , "Star Wars", dentre tantas outras.

E talvez, Paul W. S. Anderson (diretor deste Resident Evil e dos anteiores) até ache realmente que elaborou uma "saga". Porque não consigo entender como uma história que se mostra tão despretensiosa ao longo dos anos, consegue ganhar cinco capítulos, mostrando exatamente a mesma coisa: Alice (Milla Jovovich) em trajes que NINGUÉM usaria para combater zumbis ou qualquer outra coisa que seja, andando de lá pra cá feito barata tonta, somente procurando criaturas para justificar a própria - permitam-me debochar - "história "(risos).

A verdade é que qualquer um pode assistir Resident Evil - Retribuição sem nunca ter sequer ouvido falar do jogo que inspira os filmes. Paul W. S. Anderson tem a irritante mania de recontar toda a história no começo de cada uma das quatro obras sucessoras de Resident Evil - O Hóspede Maldito, primeiro capítulo da franquia.

Dois pontos elogiáveis do longa: O efeito 3D empregado durante toda a projeção e as caracterizações dos personagens existentes no jogo, que mais soam como cosplays do que como figurino cinematográfico, o que é um prato cheio pra quem é fã e jogador dos bons jogos da Capcom que carregam o título discutido.

Fatores estes que se tornam ínfimos diante da grande bobagem que é a história. Por que Alice, demora tanto (cinco filmes!!!!) pra ir atrás dos responsáveis pelo acidente biológico do T-Virus? Por que ela simplesmente não para de ficar procurando zumbis e monstros e vai logo à fonte do problema?

Mas às vezes, até mesmo quando o filme é ruim, o protagonista consegue dar conta do recado. Este NÃO é o caso de Milla Jovovich. Aliás, juntamente com Michelle Rodriguez (personagem tão insignificante cujo nome nem é revelado) elas formam a dupla de canastronas do ano no cinema. Ter cinco "Resident Evil's" é ruim. Ter cinco "Resident Evil's" como Jovovich de protagonista é ainda pior. Especialmente nas tomadas em que ela precisa demonstrar que "não está com medo" ou que "sabe como lidar com a situação" a atriz derrapa horripilantemente.

Pra finalizar, Anderson ainda encerra a sua projeção do mesmíssimo modo como encerrou os filmes anteriores: Em panorama aberto, sugerindo que a partir dali, veremos algo realmente envolvente. Mas desde Resident Evil - A Extinção, terceiro filme, deixei de acreditar nas falsas promessas subliminares do diretor.

O que resta é esperar que o próximo "Resident Evil" , e espero que último, demonstre algo de novo, que os espectadores ainda não viram ou desconhecem. A decisão de inspirar uma série de filmes em um jogo de video-game não é uma má ideia. Mas até este tipo de ideia precisa de um pouco de originalidade por parte quem a executa. Algo que a produção dos cinco filmes ainda não demonstrou e não creio que comece a demonstrar futuramente.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TOP 10 - Os Filmes mais engraçados dos últimos tempos

Olá de novo, grandes companheiros!

Como alguns de vocês já sabem, de vez em quando, surgem publicações classificatórias neste blog, geralmente numa lista de "10 melhores".

Quando se fala em cinema, o gênero que por último é lembrado, quase sempre é a Comédia.

Por isso, resolvemos fazer uma homenagem ao renegado estilo, e elaborar uma classificação dos 10 filmes de comédia que marcaram época, nos últimos anos:


10º LUGAR - Um Adolescente em Apuros (Trojan War)

Filmes como American Pie, Sem Trapaça Não tem Graça, Todo Mundo em Pânico, particularmente nunca me agradaram por muitas vezes tratarem a juventude como algo alucinadamente radical, descontrolada e erótica. Entretanto, neste longa de 1997, o tema é tratado com mais comédia inteligente, do que com qualquer um dos elementos citados acima, ainda que o enredo gire em torno do garoto Brad que deseja mais do que tudo transar com a garota mais sexy de seu convívio, a bela Brooke. No decorrer do filme ele é ajudado por sua amiga Leah (interpretada pela então desconhecida Jennifer Love Hewitt). Um bom filme, cuja leveza é o seu grande trunfo.


9º LUGAR -  Ace Ventura, Um Detetive Diferente (Ace Ventura, Pet Detective)

Jim Carrey. Somente com esse nome, não precisaria escrever mais nada. Mas a verdade, é que este filme merece elogios por proporcionar momentos de muita diversão ao seu espectador. Lançado em 1994, (época da qual Carrey se estabelecia como o mais talentoso ator de comédia) a obra conta a história de Ace Ventura, detetive particular especializado em casos relacionados à todo tipo de animais.
Talvez por ser antigo, tenha caído um pouco no esquecimento dos canais de televisão e pouco é colocado no ar. Mas quem tiver a oportunidade de assistir, tenha certeza de que esta é uma bela chance de dar muitas risadas.


8º LUGAR - Gigolô Por Acidente (Deuce Bigalow, Male Gigolo)

Muita gente não gosta e critica de forma exagerada Rob Schneider. Mas o fato é que neste filme, o ator provoca risadas frequentemente, pelas reações que tem ao encontrar os mais variados tipos de mulher. O longa de 1999, ganhou uma continuação que é verdadeiramente sofrível.


7º LUGAR - O Amor é Cego (Shallow Hal)

Este filme expôs à um público mais abrangente o talento de Jack Black, ator atualmente consagrado em Hollywood. Hal (Black) é um superficial homem que apenas se interessa por mulheres cujo físico seja o mais notável - e muitas vezes único - atributo. Por isso, é hipnotizado por um famoso psicólogo que faz com que o protagonista passe a ver refletido no exterior, o valor sentimental das mulheres.
Reforçado pela notável presença de Gwenneth Paltrow, O Amor é Cego não é só um filme engraçado, mas que aborda de forma inteligente um tema preocupante da sociedade: O preconceito. Obra de 2001


6º LUGAR - Como Se Fosse a Primeira Vez  (50 First Dates)

Grande sucesso de 2004, Como Se Fosse a Primeira Vez é, na minha opinião o mais brilhante trabalho de Adam Sandler.
Henry (Sandler) é um malandro que adora colecionar histórias sobre mulheres, até que conhece Lucy (Drew Barrimore) que tem um problema peculiar de memória, devido à um grave acidente.
Não só a comédia em si faz jus ao sucesso do longa, mas também a química existente entre os dois protagonistas e os personagens secundários (tenho preferência particular por dois: O metrosexual irmão de Lucy, Doug e Tom "10 Segundos").


5º LUGAR - Esqueceram de Mim (Home Alone)

No longínquo 1990, Macaulay Culkin surgia com um dos mais promissores atores de Hollywood. Com apenas 10 anos, foi a grande sensação de Esqueceram de Mim, filme que conta a história de uma criança que é esquecida pela famíla enquanto viajam de férias. Além disso, dois bandidos invadem a casa onde mora o garoto e lá acontecem os eventos mais engraçados que se poderia imaginar para uma situação como essa. Com certeza, um clássico da comédia.


4º LUGAR - O Mentiroso (Liar Liar)

Sim, meus amigos... Mais uma vez Jim Carrey.
Aqui o astro da comédia interpreta um advogado que vive de mentiras, tanto em sua vida profissional, como em sua vida pessoal. Mas após um desejo de aniversário de seu filho se realizar, o personagem não consegue contar mais uma mentira sequer, o que provoca situações complicadas, constrangedoras... e muito, muito engraçadas! Longa de 1997.


3º LUGAR - Ace Ventura 2, Um Maluco na África (Ace Ventura, When Nature Calls).

1995. Ano em que Jim Carrey (de novo!!) alcançou uma das maiores proezas de sua carreira. Ser exageradamente canastrão e engraçado ao mesmo tempo.
Ace Ventura 2, Um Maluco na África, apesar de suceder o primeiro filme sobre o maluco detetive de animais, aborda o seu protagonista de uma maneira completamente diferente e muitíssimo mais divertida. Esta obra é capaz de acabar com o mal-humor de qualquer um. O filme é simplesmente brilhante, do ponto de vista cômico.


2º LUGAR - O Máskara (The Mask)

Famoso filme de comédia de 1994, que revelou o frequente nome presente nesta postagem, Jim Carrey, O Máskara originalmente seria um filme de terror. Mas quando os produtores viram a estrondosa capacidade de Carrey de causar risos na equipe do filme, todo o roteiro foi reformulado para que o longa pertencesse ao gênero "Comédia". Acertada decisão, que de quebra, ainda revelou a - então - bela Cameron Diaz.



1º LUGAR - Todo Poderoso (Bruce Almighty)

Bem, já está mais do que claro que sou fã incondicional de Jim Carrey. Aqui, entretanto, ele atinge o seu auge e talvez o último trabalho brilhante de sua carreira. Todo Poderoso, de 2004, retrata Bruce Nolan (Carrey) um infeliz jornalista que vive amargurado por presenciar o sucesso de seu rival Evan Baxter (interpretado pelo também genial Steve Carrell), fato que ele considera injustiça divina. Até que, Deus (Morgan Freeman) resolve dar a oportunidade à Bruce de fazer o Seu trabalho de maneira mais justa e satisfatória.
Para mim, este filme é a representação perfeita do gênero comédia, porque não traz apenas elementos divertidos, mas trata também de temas que devem ser observados e refletidos cuidadosamente por todos nós. Por isso, aqui leva o primeiro lugar.


É isso minha gente! Espero que tenham gostado! E por favor, comentem... ou então curtam o Blog, para receberem notificações sobre cinema e sobre as últimas postagens aqui publicadas.

Grande Abraço!